terça-feira, 26 de maio de 2015

Tema

“Para ser honesto eu não sei o que estou procurando – quem ser. Sentado aqui com uma vez antes, semanas atrás, apenas esperando por uma batida naquela porta. E eu abandonei tudo o que eu pensava ser eu para ter certeza se foi você ou eu mesmo quem me fez sentir tão livre e real. Mas quando nos beijamos eu não sei... Eu simplesmente não sei. Porque deixa um gosto de vazio e eu penso “E se eu estiver apenas deprimido?” Cego. Apenas buscando descanso da minha própria mente aqui em Budapeste. Confundindo entusiasmo com a alegria de ser abençoado com o êxtase do auto escape enquanto nos beijamos. E misturando a mim desestressado com você despida e o gosto de ser verdade com o gosto fresco de eu e você enquanto nos tocamos? Eu não sei. Mas eu vi muito de mim em você; o eu de quem eu sentia falta; o ‘jovem e livre’ em você. Mas ainda não significa nada; pode não significar nada sobre eu precisar de você. Mas eu acho que a gente teve que se encontrar, que ficar perto... e ainda, querida, além desta cama e daquela porta, pra ser honesto, eu temo... eu simplesmente não sei.”

---

_Foi você quem escreveu isso? – Perguntou Grylls, o urso de pelúcia.

_Não, Urso. Não escrevi. Foi Daniel Gildenlöw quem escreveu.

_Você vai dizer isso para aquela garota?

_Não.

_Por quê?

_Porque é errado, Urso.

_Hm. Não deveria ser errado.

_Urso, você sabe como eles chamam aos que conhecem bastante sobre amor? Poetas. Ateus são os que conhecem muito sobre Deus. O ponto é que entender o amor – ou matá-lo – não dá a ninguém razão para odiar o que ele costumava ser. Enquanto conhecer Deus muito bem é o único caminho por onde alguém pode encontrar um motivo legítimo para odiá-lo. O poeta sente saudades de suas crenças antigas exatamente como ele sentiria de um bom amigo que partiu... É por isso que poetas escrevem com tanta angústia: eles estão em luto. Guarde isso como segredo, Urso: o amor romântico verdadeiro é sujo... poemas são flechas que saem pela culatra.

§

A inspiração deste texto nunca o leu… Certamente nunca lerá.

Maio de 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário