“Para ser honesto eu não sei o que estou procurando – quem ser. Sentado
aqui com uma vez antes, semanas atrás, apenas esperando por uma batida naquela
porta. E eu abandonei tudo o que eu pensava ser eu para ter certeza se foi você
ou eu mesmo quem me fez sentir tão livre e real. Mas quando nos beijamos eu não
sei... Eu simplesmente não sei. Porque deixa um gosto de vazio e eu penso “E se
eu estiver apenas deprimido?” Cego. Apenas buscando descanso da minha própria
mente aqui em Budapeste. Confundindo entusiasmo com a alegria de ser abençoado
com o êxtase do auto escape enquanto nos beijamos. E misturando a mim
desestressado com você despida e o gosto de ser verdade com o gosto fresco de
eu e você enquanto nos tocamos? Eu não sei. Mas eu vi muito de mim em você; o
eu de quem eu sentia falta; o ‘jovem e livre’ em você. Mas ainda não significa
nada; pode não significar nada sobre eu precisar de você. Mas eu acho que a
gente teve que se encontrar, que ficar perto... e ainda, querida, além desta
cama e daquela porta, pra ser honesto, eu temo... eu simplesmente não sei.”
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_Foi você quem escreveu isso? – Perguntou
Grylls, o urso de pelúcia.
_Não, Urso. Não escrevi. Foi Daniel Gildenlöw
quem escreveu.
_Você vai dizer isso para aquela garota?
_Não.
_Por quê?
_Porque é errado, Urso.
_Hm. Não deveria ser errado.
_Urso, você sabe como eles chamam aos que
conhecem bastante sobre amor? Poetas. Ateus são os que conhecem muito sobre
Deus. O ponto é que entender o amor – ou matá-lo – não dá a ninguém razão para
odiar o que ele costumava ser. Enquanto conhecer Deus muito bem é o
único caminho por onde alguém pode encontrar um motivo legítimo para odiá-lo. O
poeta sente saudades de suas crenças antigas exatamente como ele sentiria de um
bom amigo que partiu... É por isso que poetas
escrevem com tanta angústia: eles estão em luto. Guarde isso como segredo, Urso: o amor romântico verdadeiro é sujo... poemas são flechas que saem pela
culatra.
§
A inspiração deste texto nunca o leu…
Certamente nunca lerá.
Maio de 2015
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