terça-feira, 26 de maio de 2015

III – pólvoras e pavios

Se ainda não leu, volte para a primeira parte :) 
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“A Pólvora existe para se transformar totalmente em fumaça quando queimada, isso já sugere seu poder de matar pessoas de centenas de jeitos diferentes, assim como o de sumir subitamente como forma de insinuar o máximo possível de indiferença.”

“A pólvora negra o tipo mais antigo delas: um sal especial, carvão, enxofre – a história diz que provavelmente foi inventada por acidente, enquanto magos misturavam pós com significados especialmente terríveis durante rituais místicos. Só mais tarde descobriram, num uso secundário, que ela podia empurrar projéteis para fora de tubos de metal... Nem ao menos um marco na história. Ela só acabara de ganhar uma nova utilidade tão entediante quanto um punhado de nada.”

“Pólvora negra, na definição do prefixo, se torna em fumaça quando queimada, mas, particularmente, em uma quantidade injusta de uma fumaça tão branca quanto densa. Um punhado a queimar em uma sala pequena é o suficiente para que uma pessoa comum, durante o tempo que resistir à atmosfera intoxicante, não consiga identificar móvel algum que ali estiver. Ela é a versão sádica das pólvoras.“

“O pavio é como pólvora na forma de cordão. Serve para transportar fogo de um lado para o outro. Sua especialidade não é exatamente matar e é certo que ele nunca conseguiria lidar indiferentemente com a ideia de fazê-lo diretamente. Ele não foi exatamente educado para isso... É frequentemente descrito como um homicida culposo de crimes perfeitos.”

“’Você não pode parar a pólvora de queimar, apesar de poder cessar um pavio, bastando apenas cortá-lo no ponto certo.’ Nunca ficou suficientemente claro o que estas aspas querem dizer. Parecem sugerir temperamentos, mas falham em alertar os desavisados quanto ao que um pavio pode fazer caso não o impeçam, pois não há distinção prática entre um pavio curto e grosso e um punhado de pólvora.“

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